sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Discussão sobre o Texto de Walter Benjamin

Dia: 25/09/2009
Texto: A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica
Na aula de hoje discutimos as idéias principais do texto. O autor inicia trazendo Marx para explicar a produção capitalista e sua relação com o proletariado. Em seguida retrata a reprodutibilidade técnica salientando que a obra de arte sempre foi reprodutível(imitação), sendo reprodução diferente de reprodutibilidade. A relação da reprodutibilidade técnica com a autenticidade. Por fim discutimos a destruição da aura, lendo um texto suplementar PERDA DE AURÉOLA postado no blogger Trip na arcada, sendo a perda da aura como algo positivo. Muito enriquecedora aprendi muitos aspectos envolvendo a arte.

Texto Obra de Arte - Walter Bejamin

O texto retrata a circulação de arte na modernidade a partir do surgimentos de novos meios de reprodução, como por exemplo o cinema e a fotografia. Discute novas potencialidades artísticas - decorrentes da reprodutibilidade técnica. Antigamente as obras de artes eram condicionadas na medida que eram peças únicas, atualmente com o desenvolvimento da sociedade, as cópias traduz a quebra desse paradigma. Traz a democratização da obra, em que todos possam ter acesso sabendo distinguir uma cópia da original. Libertando a arte para novas possibilidades, a democratização da estética, desde que conserve as características do produto original. Bejamin acredita na democratização da estética como uma politização capaz de construir um senso crítico daquele que observa a obra. Traz o cinema "fetiche do holocauto", a noção de temporalidade de uma obra de arte, dentre outras questões.

Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBA


Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBA - MAE e MAFRO

Local: Terreiro de Jesus

Setembro/2009


Os museus trazem a mistura das culturas africanas e indígenas como objetos arqueológicos, de artes rupestre. No museu de cultura indígena observamos objetos de diferentes tribos (Waujá, Kamayura, Pankararé) entre eles: panelas, objetos de utilidade diária, urnas funebres tanto para adultos como para crianças, ambientação do Praía, muito interessante, em um espaço reservado uma casa de taipá, com iluminação e sonorização representando o ritual do Pankarari. Como também máscaras (feminina como masculina),objetos de cestaria, de uso pessoal (brincos, cachimbos, etc) e fotos. Já o museu MAFRO de cultura africana que particularmente mais me chamou a atenção, traz diversas máscaras africanas, imagens representando sempre a sexualidade, a reprodução. A sala com obras de Caribé é encantadora, retrata nossa cultura baiana, a religiosidade - o candomblé.

Livro - Quarto de Despejo


Estou lendo o livro e me encantando pela história da autora, personagem e narradora Carolina Maria de Jesus. O livro estruturado como diário cotidiano de Carolina inicia com a data de 15 de julho de 1955, aniversário de sua filha Vera Eunice. Carolina, mulher negra, moradora de favela, catadora de papel, analfabeta e mãe solteira. Ela retrata nas páginas que li, seu cotidiano e suas dificuldades não muito diferente dos excluidos socialmente e economicamente no Brasil. Registra também fatos sociais e politicos como por exemplo, a construção de Brasília. Denúncia as condições de miséria de vida em uma favela. Muito interessante, recomendo o livro que prende o leitor com o decorrer da história.

Filme Má educação


Me encantei tanto com os filmes de Pedro Almodóvar, que no final de semana assistir dois filmes: Carne Trêmula e Má educação. No filme Má educação observei que Almodóvar utilizar o mesmo recurso da sexualidade, a polêmica (homosexualismo), o conflito, a hipocrisia da sociedade, o abandono de crianças. Traz para discussão a educação religiosa, cenas fortes tendências de pedofilia, envolvendo o padre da instituição da igreja Manolo com Ignacio. No desenvolvimento da narrativa do filme, Ignacio e Enrique se apaixonam e são separados por Manolo. O drama mostra como os sentimentos frustados podem causar traumas nas pessoas envolvidas. Visivelmente belíssimas as cenas do filme, provocantes, intensas, segura a atenção do expectador, pelas qualidades das cenas, o internato (sua estrutura, objetos) e enredo do drama.

Filme de Pedro Almodovar/ Carne Trêmula


Adaptado do livro Ruth Rendell, com cenas provocantes e dramáticas, sendo o uso de cores como característica marcante do filme (preto, vermelho e amarelo) , cores da bandeira espanhola, retrata a história de um triângulo amoroso que tem suas vidas mudadas por a partir de um tiro. O drama se passa em Madri, tendo Victor Plaza como personagem principal, filho de uma prostituta, que se envolve com Elena. Apaixonado e ignorado por Elena, ocorre um conflito envolvendo policiais, em que David leva um tiro acidental que fica paralítico.Vitor é preso, Elena e David se casam. Ao sair da prisão, o filme ganha uma nova dinamica, pois os caminhos dos personagens principais se cruzam, num jogo de paixão e vingança. Foi interessante rever o filme, pois foi solicitado na disciplina educação especial no começo do curso de Pedagogia. O olhar foi diferenciado, pois quando o assisti, me voltei para a deficiência do personagem David. Agora com a disciplina dimensão estética da educação, me reportei para as cenas, tendo como suporte o texto "Obra de arte" com algumas cenas sensuais, um belo trabalho de câmeras, que capta com qualidade e beleza as cenas.